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Imagem de Fernanda Torres em cena de Ainda Estou Aqui - Divulgação
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Em clima de Copa do Mundo, os brasileiros aguardam ansiosos pela madrugada do domingo de carnaval, não só pelos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, mas pela cerimônia do Oscar 2025. Fernanda Torres foi indicada na premiação da categoria de Melhor Atriz ao interpretar Eunice Paiva, viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva, no filme Ainda Estou Aqui, também indicado nas categorias Melhor Filme e Melhor Filme Internacional.
A obra do diretor Walter Salles é inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, um dos cinco filhos do casal, que viu o pai sair de casa em 20 de janeiro de 1971 e nunca mais voltou.
A história da família Paiva é embalada por uma trilha sonora imersiva. Uma playlist com todas as faixas da obra foi salva por 38 mil contas no Spotify, e a canção É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo entrou nas músicas virais do streaming, mesmo após dois anos da morte de Erasmo Carlos, seu intérprete.
Ambientada no início da década de 70, Ainda Estou Aqui conta com músicas clássicas da Tropicália, como Tom Zé, Gal Costa e Os Mutantes. Sucessos de Tim Maia e Roberto Carlos, além de clássicos internacionais da época como o casal Jane Birkin e Serge Gainsbourg, fazem o público viajar no tempo com as músicas que estavam sendo ouvidas no momento.
Letras que dialogam diretamente com os temas abordados no filme, como a resistência ao regime, a esperança e a busca por justiça com o desaparecimento do chefe da casa, complementam o enredo e faz de Ainda Estou Aqui um sucesso de bilheteria desde a estreia nos cinemas brasileiros, em novembro de 2024.
A trilha do longa foi escolhida pelo editor Affonso Gonçalves, pelos roteiristas Heitor Lorega e Murilo Hauser, e pelo diretor Walter Salles.
O assassinato de Rubens Paiva pela ditadura militar ganhou nova repercussão com o filme "Ainda Estou Aqui", indicado ao Oscar - Arquivo pessoal
Um dos nomes presentes é o de Roberto Carlos. O artista tem um relacionamento complexo com a ditadura militar, porque ajudou Erasmo Carlos na composição de protesto É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo, visitou Caetano Veloso no exílio e era querido pelos tropicalistas perseguidos. Mas, ao mesmo tempo, recebeu honrarias militares e cantou nas Olimpíadas do Exército.
"Tanto os roteiristas como o Walter resolveram usar o Roberto também por essa contradição", explicou Gonçalves à revista Super Interessante. "Eles ouviam porque era o que tocava no rádio na época", complementa. De fato, as cenas onde o rádio é ligado, a voz do cantor aparece imediatamente.
Em um momento que já possuía uma trilha sonora pré-determinada no roteiro, a cena em que as crianças estão dançando e Rubens Paiva (Selton Mello) troca o disco para colocar Take Me Back To Piauí, de Juca Chaves, se destaca como um instante de sincronia entre o filme e a musicalidade. Essa escolha de faixa, com sua leveza e tom humorístico, reflete bem o contexto da história, já delineada no roteiro. No entanto, a busca pela música ideal não se limitou a essa.
Os diretores Gonçalves e Salles testaram várias opções, incluindo até mesmo faixas de David Bowie, na tentativa de representar de maneira mais clara o "contraste de gerações" entre pais e filhos. O resultado, no entanto, foi a escolha de Alexander, da banda Ten Years After.
Conforme Gonçalves, a primeira parte de Ainda Estou Aqui, entre 1970 e 1971, foi possível respeitar a linha do tempo do filme, sem escolhas anacrônicas, pensando no que as pessoas estariam escutando naquele momento, dando um entendimento sobre os personagens.
Veroca (Valentina Herszage) ouve Gal Costa e Os Mutantes. Zezé (Pri Helena) ouve Tim Maia e Roberto Carlos na rádio.
É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo
O maior destaque do longa é a canção gravada por Erasmo Carlos, do primeiro álbum do Tremendão. A música é reproduzida no início do filme, dando um contexto para o que estava acontecendo no país na época. Depois, é reproduzida novamente nos créditos.
As imagens da casa dos Paiva, que iniciava o filme com tanta alegria em família e amigos, aparece novamente vazia e escura, apenas como memória do que foi, onde sonhar ainda era possível.
Fernanda Torres, em Ainda Estou Aqui - REPRODUÇÃO_AINDA_ESTOU_AQUI/ SONY
Ainda Estou Aqui no Oscar: onde assistir à premiação?
Maior premiação do cinema internacional, o Oscar 2025 acontece no dia 2 de março, neste domingo de carnaval, a partir das 21h (horário de Brasília).
A cerimônia do Oscar 2025 será transmitida ao vivo e com tradução simultânea por diferentes canais e plataformas:
TV aberta: A TV Globo exibirá a premiação, exceto no Rio de Janeiro, onde haverá a transmissão dos desfiles das escolas de samba. Para os cariocas, a opção será acompanhar pelo G1 e pelo Gshow.
TV por assinatura: O canal TNT fará a transmissão oficial.
Streaming: A plataforma Max disponibilizará a premiação on-line para seus assinantes.