Folia e Autoestima: O Impacto do Carnaval na Imagem Pessoal

Para muitos, é uma oportunidade de se expressar sem amarras; para outros, pode gerar inseguranças e a sensação de precisar atender padrões

Publicado em 25/02/2025 às 16:27
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O Carnaval, com suas cores vibrantes, fantasias criativas e atmosfera de liberdade, é um período de intensas emoções.

Para muitos, é uma oportunidade de se expressar sem amarras; para outros, pode gerar inseguranças e a sensação de precisar atender a determinados padrões de beleza e comportamento.

Segundo a psicóloga Lívia Barreto, Head da Mental One, essa dualidade é comum.

"O Carnaval permite que algumas pessoas se sintam mais livres para se expressar de formas que não adotariam no dia a dia, seja através de fantasias, maquiagem ou gestos. No entanto, também há aqueles que se sentem pressionados a entrar nesse clima de extravaso, mesmo que não seja algo natural para eles."

Essa pressão, explica Lívia, pode estar ligada a pensamentos disfuncionais, conceito trabalhado na terapia cognitiva.

"Muitas vezes, acreditamos que precisamos nos encaixar em um modelo de liberdade e festa a qualquer custo. No entanto, essa ideia é uma distorção e não deve ser encarada como uma obrigação."

A liberdade de ser quem você é

Para pessoas com um perfil mais introspectivo, o Carnaval pode ser um momento de desconforto — mas isso não significa exclusão.

"A introspecção também é uma forma legítima de expressão. Quem não se identifica com festas e grandes aglomerações pode aproveitar a data de outras maneiras, respeitando seu próprio ritmo e vontades. Isso também fortalece a autoestima, pois reforça a autenticidade e o autoconhecimento."

Por outro lado, quem se permite viver o Carnaval como um espaço genuíno de expressão pode colher benefícios significativos.

"Explorar novas formas de se apresentar ao mundo, sem medo do julgamento, fortalece a confiança e amplia o contato com a própria identidade."

Incorporando a autenticidade no dia a dia

Lívia também ressalta que essa liberdade não precisa ser passageira.

"Trazer elementos dessa expressividade para a rotina pode ajudar a manter a sensação de autenticidade. Pequenos detalhes, como acessórios, roupas diferentes ou mudanças sutis no comportamento, podem fazer a diferença. Mesmo em ambientes mais formais, é possível encontrar maneiras de manter viva essa essência."

Para a psicóloga, o Carnaval é uma oportunidade de autodescoberta, mas sem imposições.

"O mais importante é se sentir confortável e respeitar os próprios limites. Testar novas formas de se expressar — seja na aparência ou no comportamento — pode ser enriquecedor, desde que isso faça sentido para quem você realmente é."

No fim, a verdadeira liberdade não está no exagero ou na contenção, mas sim na capacidade de ser fiel a si mesmo em qualquer contexto.

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