Léo da Bodega celebra carnaval e a energia de Olinda com novo single "Som das Ladeiras"
Primeira amostra de "Botija de Luxo", continuação do álbum anterior, nova música de trabalho reverencia excelência musical pernambucana.
Clique aqui e escute a matéria
“Tudo que eu vejo, sinto e ouço no período carnavalesco aqui em Olinda e faz o coração pulsar: a cultura, a euforia, o caos”.
É assim que Léo da Bodega define “Som das Ladeiras”, novo single que acaba de chegar em todas plataformas de música e produzida pelo Los Brasileros, o trio de produtores vencedor de dois Grammy ao lado de Karol G.
De clima eufórico, a música levanta a bandeira de Olinda ao abordar a resistência, a força e a importância de todas as culturas que permeiam as ladeiras: as galeras, o papangu, a ‘la ursa’, a orquestra, o terno, os vaqueiros da cidade e as favelas.
A beleza de se observar todos os pontos que movimentam essa energia - os blocos, os ensaios das orquestras de frevo, as rodas de côco, os arrastões das galeras gritando e levantando a bandeira do seu bairro - inspiraram o artista a escrever “Som das Ladeiras”.
A música é uma celebração à sua cidade natal e ao povo olindense, que ama seu lugar e defende com unhas e dentes tudo que vem dele.
“Olinda tem uma cultura muito forte de bairro, de ir para as festividades com seu grupo, gritar as siglas atrás das orquestras. Ver o vaqueiro montado no cavalo circulando no meio do Carnaval. Tem o papangu, que é uma fantasia conhecida por ‘palhaço’ e que usa uma máscara de tela pintada, carregando um mistério de quem se esconde na folia”.
"Consegui trazer todos esses signos para o videoclipe. Gravamos no Sítio Histórico de Olinda, onde pude trabalhar novamente com a Flora Negri e Alê Henri, que entenderam o meu desejo de apresentar um retrato do meu dia a dia. Andar por Olinda é se deparar com esses símbolos, cores e estilos tão associados à nossa cultura”, conta Léo sobre o audiovisual que já está disponível no YouTube.
“Som das Ladeiras” é a primeira amostra de “Botija de Luxo”, continuação do álbum anterior, que contará outras histórias de uma perspectiva “pós-Botija”, além de fazer reverência à excelência musical pernambucana.
“Impossível não mencionar Alceu Valença, que misturou a psicodelia com frevo e maracatu nos anos 1970, uniu reggae e xote em ‘Morena Tropicana’, que virou hino do Carnaval de Olinda. Temos a Academia da Berlinda, que trouxe a cumbia em outro momento. A ciranda de Baracho e Lia. ‘Botija de Luxo’ terá influências urbanas contemporâneas como o trap, mas que irão dialogar com todos esses ritmos e referências que tiveram destaque no cenário nacional”, recela Léo da Bodega.
Ver essa foto no Instagram