Como incorporar o ácido azelaico na rotina de cuidados com a pele

Dermatologista explica os múltiplos benefícios do ativo e alerta sobre qual é a forma correta de utilizar para tratar acne, rosácea e hiperpigmentação

Publicado em 22/01/2025 às 23:43
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O ácido azelaico, um ingrediente de cuidados com a pele que ganha cada vez mais destaque entre especialistas de saúde, é a nova aposta para quem busca soluções eficazes para tratar acne, rosácea e hiperpigmentação.

O composto, derivado de grãos e encontrado naturalmente no microbioma da pele, oferece propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e esfoliantes, sendo uma alternativa mais suave a outros ácidos amplamente utilizados.

Esse ingrediente pertence à classe dos ácidos dicarboxílicos e é conhecido por seus múltiplos benefícios dermatológicos.

“Ele age como um esfoliante químico suave e pode ser usado tanto em produtos de venda livre quanto em formulações prescritas, como géis com 15% de concentração, que são populares no tratamento de rosácea”, explica Mayla Carbone, médica dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Além disso, o ativo combate a inflamação, regula a renovação celular e reduz bactérias causadoras de acne.

De acordo com a dermatologista, o ácido azelaico também é eficaz para desobstruir poros, melhorar a textura da pele e uniformizar o tom, sendo especialmente indicado para peles sensíveis ou propensas à vermelhidão.

Ele também atua no controle de manchas, ajudando a tratar hiperpigmentação sem os efeitos colaterais típicos de outros ácidos. “Por suas características anti-inflamatórias, ele também é ideal para combater acne e rosácea, além de ser seguro para uso durante a gravidez”, destaca a médica.

Embora o ácido azelaico possa ser uma alternativa ao retinol em algumas situações, como no tratamento de manchas ou acne, ele não é indicado para quem busca combater linhas finas e rugas.

Segundo a dermatologista, se o objetivo é tratar a textura da pele ou melhorar a pigmentação, o ácido azelaico pode ser preferível por ser mais suave e causar menos irritação.

Sobre a inclusão do ingrediente na rotina de cuidados, a médica orienta que deve ser feito com cautela, principalmente para peles sensíveis.

Ele pode ser aplicado uma ou duas vezes ao dia, dependendo da tolerância da pele.

“Para melhores resultados, use após a limpeza e tonificação, seguido de hidratação e proteção solar durante o dia. Ele também pode ser combinado com niacinamida para potencializar os efeitos anti-inflamatórios e fortalecer a barreira cutânea”, sugere.

Para quem quer adicionar o composto em uma rotina de skincare já estabelecida, a dermatologista alerta que o ácido azelaico não deve ser combinado com outros ácidos esfoliantes, como AHAs e BHAs, para evitar irritação.

“O uso com retinol é possível, desde que sejam aplicados em horários diferentes. A niacinamida, por outro lado, é uma ótima combinação com o ácido azelaico, especialmente para tratar acne e hiperpigmentação, como citei anteriormente.

Tudo depende do tipo de pele e das condições específicas de cada um, por isso, busque por um dermatologista para entender qual é o seu caso”, finaliza.

“O conteúdo deste site é destinado a fins informativos e educacionais, e não se destina a fornecer aconselhamento médico, dermatológico, nutricional ou de qualquer outra natureza. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas para diagnosticar ou tratar qualquer problema de saúde. Recomendamos que você consulte um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.”

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