Soltura de Deolane Bezerra: expectativa movimenta fãs na frente de presídio em Buíque

A notícia da possível libertação de Deolane Bezerra provocou uma enorme mobilização entre seus admiradores. Advogada ainda se encontra em Buíque, PE

Publicado em 24/09/2024 às 9:20 | Atualizado em 24/09/2024 às 9:42

A influenciadora e advogada Deolane Bezerra, que está atualmente detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no agreste de Pernambuco, poderá ser liberada em breve.

Com a expectativa de sua soltura, inúmeros fãs já começaram a se reunir nos arredores do presídio, ansiosos para acompanhar o desfecho e demonstrar seu apoio à advogada.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, os fãs da influencer fazem uma 'tremenda festa' ao som de um coral de vozes entoando a música de autoria da advogada juntamente com as suas irmãs: "Quem Paga Sou Eu".

“Ficam olhando minha vida, querem ser eu. Saiba que tudo que tenho foi Deus me deu, meu cabelo, minha unha, quem paga sou eu", entoam os admiradores.

No vídeo ainda é possível observar que os amantes da Deolane estão com taças para tomarem champanhe e carregados de sacolas da marca luxuosa: Gucci

A notícia da possível libertação de Deolane Bezerra provocou uma enorme mobilização entre seus admiradores.

Diversos fãs, vindos de diferentes regiões, têm se deslocado por grandes distâncias para testemunhar o aguardado momento.

Nova decisão do TJPE

Em uma nova decisão, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a soltura de 17 dos 22 indiciados na Operação Integration, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais.

Entre os libertados estão a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, bem como Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da empresa de apostas Esportes da Sorte.

A decisão foi proferida pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator dos pedidos de habeas corpus, e publicada na noite desta segunda-feira (23).

Essa ação ocorreu logo após a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decidir pela manutenção das prisões preventivas de alguns indiciados, além de adicionar novas ordens de prisão contra o cantor Gusttavo Lima e o empresário Boris Maciel Padilha.

Atualmente, a nova decisão não se aplica a Lima e Padilha. A defesa do cantor já manifestou a intenção de solicitar a liberdade provisória.

O desembargador Maranhão fundamentou sua decisão em um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Darwin Filho. Ele destacou que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia devolvido o inquérito à Polícia Civil, pedindo novas investigações antes de apresentar qualquer denúncia, o que ocorreu na última sexta-feira.

"Após análise do parecer, percebe-se que o Ministério Público constatou a ausência de elementos para o oferecimento da denúncia, o que resulta em um constrangimento ilegal em relação às prisões preventivas dos indiciados", afirmou o desembargador.

Ele acrescentou que, uma vez que o órgão responsável pela ação penal não se mostrou confiante em prosseguir com a denúncia, as evidências de autoria e a própria materialidade dos delitos tornam-se frágeis, o que compromete a justificativa para as prisões preventivas.

Os indiciados que foram beneficiados são aqueles que tinham habeas corpus em análise no TJPE. Além de Darwin Filho, também obtiveram a liberdade:

  • Maria Eduarda Quinto Filizola;
  • Dayse Henrique Da Silva;
  • Marcela Tavares Henrique da Silva;
  • Eduardo Pedrosa Campos;
  • Maria Aparecida Tavares de Melo;
  • Giorgia Duarte Emerenciano;
  • Maria Bernadette Pedrosa Campos;
  • Maria Carmen Penna Pedrosa;
  • Edson Antonio Lenzi;
  • Deolane Bezerra Santos;
  • Solange Alves Bezerra;
  • Jose André da Rocha Neto;
  • Aislla Sabrina Trutta Henriques Rocha;
  • Rayssa Ferreira Santana Rocha;
  • Ruy Conolly Peixoto;
  • Thiago Heitor Presser.

Alguns dos suspeitos da operação ainda estão foragidos. As investigações indicam que os 22 indiciados integram uma organização criminosa acusada de movimentar aproximadamente R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023.

Atualmente, Deolane Bezerra está detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no Agreste de Pernambuco, enquanto sua mãe, Solange, encontra-se na unidade prisional no Recife.

Outros investigados que também foram presos estão no Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Medidas cautelares

Os 17 indivíduos que foram liberados estão sujeitos a uma série de medidas cautelares estabelecidas pelo desembargador:

  • Mudança de endereço: É proibido alterar a residência sem a devida autorização judicial.
  • Ausência da comarca: Os beneficiados não podem se afastar da comarca onde residem sem autorização prévia do tribunal.
  • Práticas ilegais: É vedado a eles cometer qualquer nova infração penal dolosa.
  • Comparecimento ao juízo: Devem comparecer pessoalmente ao Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital dentro de 24 horas para assinar um Termo de Compromisso, onde tomarão conhecimento das medidas cautelares impostas.
  • Proibições relacionadas ao objeto da investigação: Eles estão impedidos de frequentar empresas ligadas ao foco da investigação ou de participar de qualquer decisão sobre as atividades econômicas dessas empresas. Além disso, não podem fazer publicidade ou menção a qualquer plataforma de jogos envolvida na operação.

Vale ressaltar que não foi imposta a utilização de tornozeleira eletrônica para esses indiciados.

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