6 prós e contras de ser um casal LAT, de acordo com sexóloga
A falta de convívio diário não representa apenas uma distância física, mas também emocional, que reflete diretamente no bem-estar do casal.
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O ser humano está constantemente em busca de novas maneiras de expressar seus sentimentos, o que o leva a explorar diversas dinâmicas, especialmente nos relacionamentos.
De acordo com dados da agência Statistics Canada, cada vez mais casais ao redor do mundo estão adotando o modelo de relacionamento chamado LAT (Living Apart Together), ou "vivendo juntos, em casas separadas", que se popularizou especialmente na Europa Ocidental, América do Norte e Austrália.
Pesquisas mostram que cerca de 10% dos casais na França escolhem esse formato, enquanto na Espanha esse número é de 8%. Para estimar o tamanho da fama do modelo, nos Estados Unidos, estima-se que dois milhões de pessoas estejam em relacionamentos LAT, uma estatística similar à do Reino Unido.
Esse modelo, adotado principalmente por casais mais jovens, visa evitar conflitos comuns do convívio diário, aumentando as chances de uma relação mais saudável, mas apesar disso, a prática pode acabar sendo um verdadeiro calo no sapato para aqueles que não conseguem se ver longe de seus parceiros.
Se você gostou do que leu, mas quer entender melhor antes de optar pela modalidade, confira os prós e contras da relação LAT, conforme aponta a sexóloga Claudia Petry, especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC) e membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana):
Prós:
Vamos começar a lista com os pontos positivos:
Autonomia financeira: Um dos principais benefícios do modelo LAT é a sua capacidade de oferecer maior controle sobre as finanças pessoais. “Cada um pode gerenciar suas despesas, mantendo um fundo comum para gastos compartilhados, se necessário.”
Mais espaço e liberdade: Viver em casas separadas permite preservar o espaço pessoal e dedicar tempo a interesses individuais, como hobbies e encontros com amigos, tomando cuidado com a organização da rotina, para que o relacionamento não se torne secundário.
“Cuidado para que sua relação não vire um ‘compromisso que você precisa encaixar na agenda’. Assim como é importante ter tempo para si, é fundamental garantir momentos de qualidade entre o casal”, afirmou Petry.
Menos conflitos cotidianos: Morar separados também pode evitar conflitos diários que podem prejudicar o relacionamento com o tempo. “A convivência diária pode desgastar facilmente um relacionamento, seja pela divisão de responsabilidades ou por pequenos hábitos que minam a conexão entre o casal”, ressalta Claudia Petry.
Contras:
Distância emocional: Um dos principais desafios de viver separados é passar menos tempo juntos, o que pode enfraquecer a relação. A ausência de convívio diário não gera apenas uma distância física, mas também emocional, tornando mais difícil a criação de memórias e experiências compartilhadas.
Por isso, é essencial programar encontros e atividades regulares a dois, assegurando o fortalecimento da conexão entre o casal.
Intimidade comprometida: Segundo a sexóloga, dormir e acordar ao lado da pessoa amada é fundamental para a intimidade, que não se resumo apenas ao sexo, mas abrange outras questões como cumplicidade, confiança e segurança.
Pressão social: A escolha por esse estilo de vida pode gerar pressão social, com amigos e familiares interpretando a situação como falta de compromisso.
“A curiosidade das pessoas é normal, mas você não precisa entrar em detalhes. Apenas diga que a dinâmica da relação funciona bem e que vocês são felizes assim! O importante é encontrar um arranjo que promova felicidade e bem-estar”, conclui Claudia.