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Shein: Descubra quando começará a taxação de compras internacionais de até 50 dólares

Entenda as implicações da nova medida para o mundo das compras onlines internacionais.

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Beatriz Paixão

Publicado em 30/05/2024 às 15:17 | Atualizado em 30/05/2024 às 15:23
Notícia

A recente deliberação da Câmara dos Deputados, que estabeleceu uma taxa de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, provocou uma série de reações no cenário comercial.

Empresas estrangeiras como Shein e AliExpress demonstraram surpresa e insatisfação diante da medida, enquanto os varejistas e a indústria nacional comemoram o retorno da taxação.

Essa iniciativa, parte integrante do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), visa promover um ambiente de competição equilibrada e preservar os empregos no Brasil.

Quando começará a taxação da shein?

Embora a medida tenha sido aprovada pela Câmara dos Deputados, ainda não está em execução.

A implementação da nova taxa de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 dependerá da sanção do presidente Lula ao projeto de lei.

Antes disso, o texto precisa passar pela aprovação do Senado, com votação marcada para a próxima terça-feira, dia 4 de junho.

Se o texto for aprovado e não receber vetos presidenciais, a taxação será aplicada de forma imediata.


Entenda o Projeto de Lei:

O Projeto de Lei do Mover, que traz consigo a nova taxação, surge como resposta à intensa pressão exercida pelo setor varejista brasileiro.

Este segmento acusa plataformas como Shein e AliExpress de desfrutarem de uma espécie de "reserva de mercado às avessas", graças à isenção do imposto de importação.

Inicialmente, a proposta apresentava uma alíquota de 25%, porém, após negociações entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente Lula, a alíquota foi reduzida para 20%.

Alterações no Regime Tributário:

Atualmente, compras internacionais de até US$ 50 estão isentas do imposto de importação, sendo necessário pagar apenas o ICMS de 17%.

Contudo, com a nova legislação, estas compras serão tributadas em 20%, além do ICMS. Para compras acima desse valor, a cobrança permanece inalterada, com uma taxa de 60% de imposto de importação.

Razões por trás do retorno da taxação da Shein:

A mudança tem como objetivo eliminar a vantagem tributária desfrutada pelas plataformas estrangeiras, buscando estabelecer um ambiente de concorrência mais equitativo para os varejistas brasileiros.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, em 2021, o varejo representava 25,8% dos empregos formais no país.

A isenção do imposto de importação permite que as plataformas estrangeiras ofereçam produtos a preços consideravelmente mais baixos, dificultando a competição das empresas locais, que enfrentam encargos tributários mais elevados.

Além disso, a medida visa proteger os empregos no setor varejista, que desempenham um papel significativo na economia, especialmente entre as mulheres.

Veja também: SHEIN entra no programa de isenção de impostos da Receita Federal

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