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Agamia: conheça a nova tendência de relacionamento da geração Z

Nos últimos tempos, as novas gerações têm revolucionado o conceito de relacionamentos, questionando as noções tradicionais de parceria e compromisso duradouro.

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Lorena Lins

Publicado em 07/05/2024 às 9:01 | Atualizado em 07/05/2024 às 9:02
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Nos últimos tempos, as novas gerações têm revolucionado o conceito de relacionamentos, questionando as noções tradicionais de parceria e compromisso duradouro.

Nesse cenário surge a agamia, um termo que desafia as ideias estabelecidas de monogamia (relacionamento com uma única pessoa) e poligamia (relacionamento com várias pessoas).

Características da Agamia

Segundo o portal Terra, a agamia é caracterizada por uma indiferença em formar laços românticos ou em ter filhos.

Originada do grego, onde "a" significa "não" ou "sem" e "gamos" significa "união íntima ou casamento", essa filosofia sugere que a procura por parceiros românticos pode limitar a liberdade individual e moldar comportamentos de forma restritiva.

Dados Estatísticos e Tendências

Segundo dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 81 milhões de solteiros, superando o número de casados, que era de 63 milhões.

Isso indica uma tendência crescente, ainda que a agamia seja uma novidade no espectro dos relacionamentos.

Impacto nas Relações Modernas

A interação dessa geração com o mundo inclui novas abordagens sobre o trabalho, o uso da internet e até mudanças nos hábitos de consumo, incluindo bebidas.

Estes aspectos são parte do que molda essa nova forma de encarar relacionamentos, como evidenciado em um estudo sobre a geração Z realizado pelo HSR Specialist Researcher.

O estudo aponta que 76% dos jovens desejam coabitar com seus parceiros, 57% querem casar oficialmente, enquanto 19% preferem uma união livre de formalidades legais.

Apenas uma minoria busca viver separadamente ou não ter um compromisso definido.

Perspectivas Globais

Em entrevista ao Jornal da USP, a professora Heloisa Buarque de Almeida, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, observa que este movimento não é exclusivo do Brasil.

Países como os Estados Unidos e o Japão também notam mudanças similares nas percepções sobre amor e relacionamentos.

A antropóloga destaca que as transformações na relação com o trabalho e a influência dos meios digitais são fatores importantes nessa reconfiguração dos conceitos de casamento e família.

Apps de namoro, por exemplo, são parte desse ecossistema que propicia tais mudanças comportamentais. 

Confira também: O QUE É RELACIONAMENTO TÓXICO ou ABUSIVO: COMO IDENTIFICAR

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