Essa cidade brasileira paradisíaca é lar de 3 serpentes da maior espécie do mundo

Bonito, cidade localizada no Mato Grosso do Sul, é considerada uma referência mundial em estudos sobre sucuris; confira mais detalhes

Publicado em 25/05/2025 às 17:05
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Bonito, uma cidade cheia de belezas naturais no Mato Grosso do Sul, chama atenção pelo fascínio que suas sucuris despertam em visitantes e estudiosos. Segundo o Instituto Butantan, essa espécie de cobra é a maior do mundo em peso.

Os rios de águas claras da região são perfeitos para ver essas cobras enormes em seu habitat natural, o que fez de Bonito um dos principais lugares do mundo para quem quer conhecer ou estudar sucuris.

Nos últimos anos, três delas se destacaram: uma já morreu e duas ainda nadam pelas águas de Bonito.

Hoje, a cidade é considerada um verdadeiro “laboratório ao ar livre” para quem quer observar e proteger esses animais, graças à combinação única de água limpa e uma natureza muito rica.

Curiosidades sobre a sucuri

  • As sucuris são cobras que vivem tanto na água quanto em terra, por isso preferem lugares como rios, pântanos e brejos.
  • Muita gente também chama a sucuri de “anaconda”.
  • Existem cinco tipos diferentes de sucuri. A maior de todas é a sucuri-verde, que pode chegar a ser a maior cobra do mundo em comprimento.
  • Apesar do tamanho assustador, elas não são venenosas, mas são grandes predadoras.
  • Essas cobras pertencem à família das Boas e ao grupo chamado Eunectes.

Ana Júlia: a sucuri mais famosa de Bonito

Ana Júlia ficou muito conhecida em Bonito por causa do seu tamanho e do tempo que viveu.

Ela media 6,36 metros e pesava cerca de 200 kg. Em 2024, foi encontrada morta no Rio Formoso, de causas naturais.

Sua morte chamou atenção de biólogos e guias, pois durante anos ela foi estudada por especialistas que aprenderam muito sobre o comportamento das sucuris.

Ana Júlia ajudou a reforçar Bonito como um dos lugares mais importantes para a pesquisa desses grandes répteis na América do Sul.

Mãezona e Queixinho: outras estrelas da região

Além de Ana Júlia, duas sucuris continuam chamando atenção em Bonito.

Mãezona, que mede cerca de 6 metros, é frequentemente avistada por guias e turistas.

Queixinho é uma fêmea de aproximadamente 5 metros, que tem uma deformação na mandíbula, o que lhe deu esse apelido curioso.

Essas duas cobras ajudam a fortalecer o ecoturismo e a ideia de preservar o meio ambiente. São como representantes da fauna local e ajudam a ensinar sobre a importância da natureza.

Como as sucuris se reproduzem e vivem

As sucuris de Bonito seguem o comportamento típico da espécie. Elas são vivíparas, ou seja, dão à luz filhotes vivos, e não botam ovos.

Na primavera, as fêmeas soltam um cheiro no ar (feromônio) que atrai vários machos. Assim, formam um grupo chamado “bolo reprodutivo”. Em alguns casos, a fêmea até pode comer um dos machos.

Essas cobras podem chegar a medir até 7 metros e pesar mais de 100 kg. Elas se alimentam de diversos animais, como aves, peixes, répteis, mamíferos e até outras cobras.

Convivência pacífica com humanos

Apesar do tamanho impressionante, as sucuris de Bonito não são perigosas para as pessoas.

Segundo o biólogo Henrique Abrahão Charles, o segredo é manter distância e respeitar o espaço do animal.

O comportamento tranquilo dessas cobras faz de Bonito um exemplo de turismo responsável, onde é possível admirar a natureza sem colocar em risco os animais.

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