Caso Diddy: júri absolve rapper em 3 das 5 acusações de crimes sexuais
Jurados chegaram a consenso sobre a principal acusação, de associação criminosa, nesta quarta-feira, 02 de julho; confira os detalhes.

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O júri chegou a um veredicto final no caso de Sean "Diddy" Combs. O empresário da indústria musical, de 55 anos, foi considerado inocente em três das cinco acusações que enfrentava.
Diddy era acusado de comandar, por uma década, uma rede criminosa sustentada por sua fama e fortuna, usando violência e ameaças para manipular pessoas e forçá-las a participar de orgias regadas a drogas. O rapper, que sempre negou as acusações, sorriu discretamente ao ouvir a decisão que o declarou inocente neste tópico.
Ainda ontem (30), os jurados já haviam definido parte das acusações, mas não conseguiam chegar a um acordo sobre a mais grave, de associação criminosa, ou racketeering, termo ligado historicamente a organizações mafiosas de Nova York. Nesta quarta, eles retomaram as discussões e chegaram a um consenso.
No tribunal, Diddy entrou, olhou para a família, sorriu brevemente e sentou-se com a cabeça baixa. Antes, o júri já havia informado ao juiz Arun Subramanian que tinha vereditos sobre quatro acusações, mas estava dividido sobre a principal. Veja como ficou o veredito final:
- Associação criminosa: INOCENTE
- Tráfico sexual de Cassandra Ventura: INOCENTE
- Transporte para prostituição (Cassandra Ventura): CULPADO
- Tráfico sexual de “Jane”: INOCENTE
- Transporte para prostituição (“Jane”): CULPADO
Segundo a acusação, Diddy teria liderado um grupo que submetia mulheres a longas maratonas sexuais, além de crimes como tráfico de drogas, sequestro, suborno, coação de testemunhas e incêndios criminosos.
A defesa rebateu, dizendo que nenhum suposto cúmplice testemunhou contra ele, e que para condená-lo por crime organizado o júri precisaria ter certeza de que ele cometeu ao menos dois dos oito crimes relacionados.
Ao todo, 12 jurados, sendo eles oito homens e quatro mulheres, analisaram os depoimentos de 34 testemunhas e milhares de registros financeiros, telefônicos e de e-mails durante quase dois meses de julgamento. O júri ainda seguirá em análise de outras acusações.
A defesa argumentou que as mulheres envolvidas eram adultas, participaram das festas sexuais por vontade própria e que parte delas tinha relações estáveis com o rapper.
A promotora afirmou que Diddy se achava "intocável", mas que "isso termina neste tribunal". Já a defesa destacou que, embora seus relacionamentos fossem complexos, tudo era consensual. O rapper não depôs e a defesa optou por não apresentar testemunhas.