Wagner Moura revela por que se afastou do cinema nacional

Com filme em grande destaque no Festival de Cannes 2025, Wagner Moura volta atuando em "O Agente Secreto" após uma década fora do cinema nacional

Publicado em 14/05/2025 às 16:38
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Representando o Brasil no Festival de Cannes 2025, O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, marca o retorno de Wagner Moura ao cinema nacional após mais de uma década afastado.

Aos 48 anos, o ator baiano contou que sua ausência foi motivada tanto pelo crescimento profissional quanto pelo desânimo com a situação política do país.

"Nós dois somos de esquerda e muito expressivos, e no Brasil sob Bolsonaro não foi fácil, cara. Foi difícil. Éramos parte de um grupo de artistas no Brasil, apoiando uns aos outros e encontrando uma maneira de resistir. Foi a resistência que nos uniu muito", disse em entrevista à Vanity Fair.

Filmado no Recife, o longa se passa em 1977, durante a ditadura militar, mesmo tema que levou o Brasil a Cannes em 2024 com o premiado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.

Divulgação
Imagem do filme 'O Agente Secreto' - Divulgação

Para Moura, retornar ao cinema brasileiro foi algo especial tanto pessoalmente quanto profissionalmente. "Significou muito para mim atuar e falar em português de novo, me reconectar com a minha cultura. Eu não consigo nem descrever o quanto isso foi importante para mim", revelou.

Ele também relembrou sua trajetória internacional, que inclui a atuação marcante como Pablo Escobar na série Narcos, da Netflix, e o recente Guerra Civil, do diretor Alex Garland.

"Fiz muitas coisas lá fora. Fiz Narcos, uma série que levou muito tempo para ser feita, e dirigi um filme que demorou três anos para ser lançado", completou.

Em "O Agente Secreto", a trama é ambientada na década de 1970. Marcelo, um especialista em tecnologia, foge de um passado misterioso e decide voltar ao Recife em busca de um pouco de paz, mas percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

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