Perfume sem frasco? O Boticário aposta em fragrância que só existe na sua cabeça
O Boticário provoca a imaginação com perfume sem cheiro, apostando em cogumelo e experiências sensoriais para gerar desejo sem mostrar produto

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Em vez de seguir a velha fórmula de lançar um produto com teste, frasco e amostra, o Boticário decidiu virar o jogo. Lançaram um perfume que ninguém cheira. Sim, você leu certo.
A fragrância EGEO Cogu foi feita pra existir só na sua cabeça, sem uma gota sequer pra testar. A ideia é totalmente diferente: fazer você sentir o cheiro com os sentidos.
Inspirado num ingrediente nada comum — o cogumelo —, o perfume chega como uma provocação: será que dá pra imaginar um aroma sem encostar o nariz? Pra isso, um grupo de criadores de conteúdo recebeu uma caixa misteriosa, sem frasco e sem amostra.
Tudo gira em torno de uma nova onda que tá bombando entre a galera mais jovem, chamada shifting. É tipo uma viagem sensorial: tem som, imagem, histórias e até tecnologia envolvida.
Basta encostar o celular na tag NFC da caixa que o vídeo começa, com uma produção audiovisual feita por nomes de peso como a Pródigo e a Canja, junto do time olfativo do Grupo Boticário.
Esse vídeo não foi feito à toa. Ele é resultado de uma pesquisa do centro NeuroSenses, que mostrou como o cérebro reage a cheiros.
A ideia aqui é ativar essas áreas do cérebro com outros estímulos — som, imagem, narrativa — e fazer você sentir um perfume que, tecnicamente, nem tá ali. E aí, qual será o cheiro do EGEO Cogu na sua cabeça?
Carolina Carrasco, diretora de Branding & Comunicação do Boticário, resume o espírito da coisa: “Mandar um kit sem produto e pedir pras pessoas imaginarem o cheiro com a gente é o nosso jeito de mostrar que a experiência vem antes de tudo”.
Essa campanha fala com uma nova forma de consumir: antes de comprar, a galera quer sentir, testar, viver a ideia. Sofia Ricciardi, da agência SoWhat, que criou a campanha, completa: “Hoje ninguém compra nada sem ver um review. E a gente foi além: criamos o primeiro review de um perfume que nem foi sentido ainda”.