BELEZA

A nova era da pele: quando ciência e cronobiologia se encontram no skincare

Tecnologias avançadas, ativos multitarefa e neurocosméticos transformam o cuidado da pele, com foco na regeneração, longevidade e equilíbrio sensorial

Cadastrado por

Fábia Valente

Publicado em 18/04/2025 às 9:19 | Atualizado em 19/04/2025 às 10:28
Imagem ilustrativa de uma mulher com pele bonita! - Reprodução/ iStock

A ciência é a palavra de ordem em 2025 — no mundo, ela guia avanços em saúde, bem-estar e tecnologia. E, no maior órgão do nosso corpo, a pele, ela se desdobra em múltiplas direções: da cronobiologia à neurocosmética, novas disciplinas entram no radar do cuidado cutâneo, enquanto ativos já consagrados ganham novas aplicações — mais precisas, direcionadas e eficazes.

A melatonina, por exemplo, rompeu a barreira do uso oral e do seu papel tradicional como indutora do sono, e emergiu como um ativo-chave no cuidado com a pele. Seu uso, agora cutâneo, explora propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e reparadoras. Aplicada topicamente, atua na neutralização de radicais livres, na regulação do ciclo biológico da pele e na aceleração dos processos noturnos de regeneração celular.

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Essa abordagem está diretamente ligada à lógica dos cronocosméticos, uma categoria de produtos desenvolvidos com base nos ritmos biológicos da pele, especialmente o ciclo circadiano. Durante o dia, a pele foca na defesa contra agressões externas; à noite, volta-se à reparação e à renovação.

Na mesma direção, o NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) ganha destaque por sua ação profunda no metabolismo energético das células cutâneas, tornando-se peça central em formulações voltadas à longevidade da pele. Trata-se de uma coenzima essencial para a produção de energia, o reparo celular e o bom funcionamento da pele. Com o tempo, seus níveis diminuem naturalmente, o que contribui para sinais visíveis de envelhecimento, como perda de firmeza, luminosidade e vitalidade. Ao incluir o NAD — ou seus precursores — em fórmulas de skincare, o objetivo é reativar esses processos naturais e prolongar a juventude da pele. Uma abordagem que vai além da superfície, cuidando da pele desde o seu funcionamento interno.

Mas a cereja do bolo em 2025 está na forma como esses ativos são entregues à pele: em texturas, aromas e composições pensadas para gerar respostas sensoriais e emocionais. É nesse cruzamento entre pele e percepção que se consolida a neurocosmética, uma vertente da beleza funcional que atua sobre a pele e o sistema nervoso ao mesmo tempo. Por meio de fragrâncias calmantes, texturas terapêuticas e ativos neuromoduladores, esses produtos influenciam o humor, aliviam o estresse e ampliam a sensação de bem-estar. Mais do que tratar a pele, eles equilibram quem a habita.

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